A avaliação neuropsicológica tem como finalidade verificar os déficits cognitivos e avaliar as funções preservadas, tais como: memória, linguagem, atenção, percepção, orientação, capacidade para resolver problemas do cotidiano, funções executivas entre outros.

Com a avaliação dessas funções podemos fazer um diagnóstico diferenciado,  esclarecendo, por exemplo, se o paciente está demente ou apenas com déficits devido a idade avançada. A linha que divide o déficit normal da idade da demência é muito tênue e pode ser diferenciado com essa avaliação, proporcionando um diagnóstico mais preciso.

Essa é uma forma de verificar se o paciente está realmente bem cognitivamente. Por vezes os profissionais da saúde preocupam-se apenas em verificar se o paciente está respondendo aos estímulos motores e as funções cognitivos básicas, como recordar de pessoas conhecidas e acontecimentos recentes, contudo, sabemos da importância dessas funções para a vida e principalmente independência de uma pessoa. Sugere-se realizar a avaliação antes e depois das cirurgias para retirada de tumores cerebrais, pois algumas funções, imperceptíveis num primeiro momento, podem ser afetadas direta e indiretamente, após a cirurgia. A avaliação é indicada também em casos de acidente vascular cerebral (AVC), queixas de memória, suspeita de demências (fase inicial de Alzheimer), tumores cerebrais, traumatismo craniano, uso prolongado de substâncias químicas (drogas ilícitas e medicamentos), em quadros psiquiátricos como transtorno de déficit de atenção com ou sem hiperatividade, transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo, esquizofrenias, interdições entre outros.

Se tens na sua convivência uma pessoa que está apresentando alguma dificuldade cognitiva, principalmente memória (esquecer de coisas que antes não esquecia, como por exemplo, algo no fogo, nomes de pessoas próximas, pagamento de contas, entre outros) ou mudanças no comportamento (birra, irritabilidade, agressividade, discurso confuso ou outros) não espere para tirar a dúvida e efetuar a avaliação, quanto antes diagnosticado os déficits cognitivos melhores serão os resultados na reabilitação do paciente.

Essa avaliação fornece as informações necessárias para a reabilitação do paciente, focando o tratamento nas funções cognitivas deficitárias e na diminuição dos sintomas apresentados.